a fronha do travesseiro
deitado com a cabeça
sobre o rosto de meninos e meninas
com aquelas carinhas engraçadas
como as de toda criança
e eles até suportavam
meus sonhos e incertezas
de forma incrédula e grotesca
pois neles não acreditavam
mas não se incomodavam
e talvez gostassem de ouvi-los
e não se preocupassem
com o peso e a extensão
de sonhos que, de tão pequenos,
cabiam na palma da mão
(deles)
Maricá, 30/12/2006