Jugo pelo Amor
Aponta-se do céu uma flecha, um caminho sob
as nuvens se faz, me conduzem a vossa infinita
paz. Nela vem a luz do altar de outrora, do altar
da aurora celeste que resplandece sobre véu
dos tempos, da vida e da morte...
Transcendendo o bem e o mal, a carne o espírito,
Desce prostrado o Pai do tempo, o Rei celeste.
Infinito templo de amor mútuo regojizo-me
junto aos teus pés e me ergues com tua
colocando-me hoje ao teu lado, quando antes,
pelos homens, era excluído, indigno de vossa
piedade e amor.
Nesse breve momento do grande momento, as
divindades tornam-se sua obra, que de obra em
obra construíram dolorosamente seus sonhos,
transformaram vidas, brotaram sentimentos de
amor, glória perdão.
Homens capazes de perdoarem na dor, de amar
quando só havia ódio, de clamar, clamores de
paixão atados pela perda e ilusão, homens anjos,
homens santos.
Hoje coloquem-se ao lado esquerdo, ao lado direito
aos pés descalços, aos injustiçados, ao flagelados,
miseráveis e sub-julgados pelo jugo dos mortais que
hoje não serve mais, é tempo de iluminação de
glorificação...
Indecifráveis labirintos desmoronam, caem os tetos
de vidro, os hipócritas, justos de falso coração,
cegos a misericórdia e atentos a destruição, o
Glorioso vem mostra que é além de Pai, é paixão
devoção mútua pela vossa criação que de fato
suplica, é ação, e verdadeiros filhos que vivem
sem escuridão.
Mostra-lhes o pai que tem que ter bom coração,
viver do amor, pelo amor, no perdão, na caridade e
e infinita graça e devoção.
Há algo maior acima dos pilares, dos templos, dos
freis, ministros, apóstolos, pastores, papas e padres.
Há algo muito mais forte que o medo, as dúvidas e a
falta de compaixão.
A lei divina é Onipotente, justa e inequívoca, se teu
filho veio pelo amor, se ele é amor e se foi por amor
não haverá condenação que ultrapasse o AMOR,
e vossa infinita Bondade ...