MORTE E VIDA
Enquanto brincamos de viver
A morte brinca sorrateira ao lado
Ouvindo falarmos sobre o amanha
E o tempo sorri preguiçosamente
Ao notar o nosso medo da velhice
Sabendo que envelhecemos sem saber
E que a morte coroa teu reinado
Segundo a segundo minuto a minuto
Mas somos tão materialistas
Que não nos preparamos para ela
E quando com ela nos defrontamos
O pavor toma-nos de súbito
E ai nos dá conta da verdade
Sobre nossa inata insignificância
O problema é que sempre é tarde
Para rezas sem fé e desesperadas
Pois passamos pela vida atônita
Atônitos com o deserto consumista
Que não reparamos na beleza
Cercando-nos com sua simplicidade
Embelezando nossa curta vida
Pois tornamo-nos cegos pelo fútil
Pela frivolidade e pelo inútil
Dessa imbecil maneira de viver