NECESSITADOS

NECESSITADOS...

Necessidades pairam sobre nós...

Ditam com suas vozes assertivas

Que o corpo exige, que a mente impõe

E a humanidade caminha trôpega,

Se não as reconhecer...

Se não as atender...

Falam pela sobrevivência das espécieS,

Lutam as suas lutas, nem sempre gloriosas

E nos mostram nossas limitações

Mazelas e nossas finitude...

Arrojam-nos ao chão comum a todos

Derrubando o manto perecível do orgulho

Da prepotência, mediante a humanidade...

Coloca-nos na condição de um só rebanho de necessitados...

Pobres coitados, que pensam ter no sangue o azul

Ou que despejam, em local privado,

O que os “sem teto” deitam às ruas

Em locais pouco apropriados...

Tanto mais mal cheirosos

Quanto mais nutrido for...

Pobres mortais que somos nós!

Cuja visão míope nada enxerga

A mais de dois palmos à frente

E nada credita á própria insensatez!

E quando, por fim vem o inexorável

Aquela de quem fugimos,

Porque não escolhe entre a pompa ou indigência,

Essa ceifadeira das flores dos dias...

Vemos em agonia

Os sonhos esvaírem-se...

Ainda assim preferimos crer

Que tudo termina aqui...

Mesmo que toda a intuição grite

Que não há razão de ser,

Que não pode ser assim...

Ai de mim, ai de nós

Se não tivermos fé!

Joselma de Vasconcelos Mendes
Enviado por Joselma de Vasconcelos Mendes em 24/02/2007
Código do texto: T391893