Podres e mórbidos

Podres e mórbidos

Na noite escura não encontrei meus

eus.

Na noite escura eles foram bruxos e

ateus.

Procurei mergulhei no lodo podre e

mórbido.

Atrapalhei-me com o iodo, enxofres

tórpidos.

Eu estava lá, sumia e o diabo doido

sorria.

Tinha piolhos pulando e animando

água fria.

Morto, eu vivo, eu corpo, etérico,

esférico.

Que peso deles, que pesadelos.

Flutuava, respirava, ia e voltava.

Na noite escura água mole, pedra

dura, não bate e não fura.

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O NOVO POETA. (W.Marques).