NÃO HÁ RELÓGIO SEM O RELOJOEIRO...
creio
quando uma parte ainda não quer
em mim...
Creio
não obstante tanto mal e maldade
ainda há motivo de amar
e fazer uma boa ação
e busca um lugar
ao sol
sem pisar nos outros
sem frisar as trevas
mesmo que haja uma mácula
em todo humano ato...
Não sou santo
nem vivo da corrupção
sou condição de contingência
sou fragil que nem um presente
caixa de surpresa
escrito mantenha para cima
cuidado frágil
Ser mortal, antenado no social
que contempla à noite
as estrelas, poeiras cósmicas e espaço sideral...
evasão de sensações, estéticas interior
maquilagem à paisana
sentido aguçado
na corriqueira exibição dos mortais...
à busca de sentido da vida
na trepidação escatológica
sem ser apocalíptico
acredito que a solução está
ao lado...
Pois não concebo o relógio interior
sem o relojoeiro mediador e criador
de um eu profundo
cujo fundo do fundo
é o meu Senhor...
Kyrie Eleison....
(SEGUE O CANTO GREGORIANO)
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Kyrie eleison
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Kyrie eleison (em grego: Κύριε ελέησον, transl. Kýrie eléison, "Senhor, tende piedade") é uma oração da liturgia cristã.
Existem expressões similares em alguns salmos, e nos Evangelhos, mas o testemunho mais antigo de seu uso litúrgico remonta ao século IV, entre a comunidade cristã de Jerusalém, e, no século V, na missa do rito romano, como prece litânica e resposta a determinadas invocações.
[editar]Significado
Kyrie é o vocativo da palavra grega (transl. kyrios, "Senhor"), traduzido livremente como "ó, Senhor", enquanto eleison é o imperativo aoristo do verbo eleéo; "ter piedade", "compadecer-se"). É originário do salmo penitencial 51 (50 na versão LXX), usado como começo de uma antiga oração cristã repetida nas liturgias de denominações católicas, luteranas, ortodoxas e anglicanas.
Kyrie eleison; Christe eleison; Kyrie eleison.
"Senhor, tende piedade (de nós); Cristo, tende piedade (de nós); Senhor, tende piedade (de nós)".
[editar]Uso litúrgico
No rito tridentino o Kyrie vinha recitado depois do ato penitencial; no rito ambrosiano é recitado até hoje, durante o ato penitencial, e repetido três vezes ao fim da Missa, antes da bênção final.
O Kyrie, por ser geralmente abreviado, faz parte também da missa cantada, formando a parte que se segue ao intróito.
Depois da reforma litúrgica, o Kyrie foi substituído, no rito romano, pela invocação "Senhor, tende piedade." Como o Confiteor é facultativo, coube a este trecho, "Senhor, tende piedade", ter o seu caráter penitencial, que originalmente era secundário, acentuado.
No rito bizantino, em grego, a aclamação Kyrie eleison é cantada diversas vezes, pelos fiéis, em resposta às orações do celebrante (ektenia). Na tradição do antigo eslavo eclesiástico, é traduzido como Hospodi pomiluj.
[editar]Bibliografia
Hoppin, Richard. Medieval Music. Nova Iorque: W. W. Norton and Co., 1978. ISBN 0-393-09090-6. Págs. 133–134 (cantos gregorianos), 150 (tropos).
FONTE: http://pt.wikipedia.org/wiki/Kyrie_eleison
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DISCUSSÃO DO RELÓGIO E DO RELOJOEIRO EM PALLEY E VOLTAIRE a seguir:
William Paley, Natural Theology (1802)[2][3][4]
Ou mais exatamente: Natural Theology – or Evidences of the Existence and Attributes of the Deity Collected from the Appearances of Nature (Teologia Natural – ou Evidências da Existência e dos Atributos da Divindade Reunidos a partir dos Fenômenos da Natureza).
Umatradução minha:
Ao atravessar uma várzea, suponha que tope com meu pé contra uma pedra, e pergunte-me como a pedra veio parar ali; eu poderia possivelmente responder, que, por qualquer coisa eu soubesse do contrário, que ela haveria de ter estado ali desde sempre: nem seria talvez seria muito fácil mostrar um absurdo nesta resposta. Mas suponha que tivesse achado um relógio no chão, e fosse inquerir como o relógio foi aparecer naquele lugar; eu pensaria que dificilmente seria pela resposta dada antes, que para qualquer coisa que eu saiba, o relógio poderia ter estado sempreali. (…) Deve ter existido, em algum momento, e em algum lugar outro, um artífice ou artífices, os quais produziu(ram) [o relógio] para o propósito o qual nós encontramos atualmentepara responder; quem compreendeu sua construção, e projetou seu uso. (…) Cada indicação deengenho na invenção, cada manifestação de projeto, as quais existem no relógio, existe nos trabalhos da natureza; com a diferença, para o ladoda natureza, de ser maior e mais ,num grau que excede a todas as estimativas.
Histórico e determinadas questões
A “analogia do relojoeiro” já encontra raízes no tempo de Cícero, e aplicava-se a todo o universo, ouà natureza como um todo. Voltaire e Descartes utilizaram-se desta analogia. [21]
“Assombra-me o universo e eu crer procuro em vão, que haja um relógio e um relojoeiro não.”
VOLTAIRE
É de se destacar queo argumento de Paley foi retomadopor Richard Owen (1804 – 1892), que não só afirmava que a divindade cristã criara a vida, masque seu projeto refletia a benevolência divina. Owen queria inclusive descobrir os mecanismos naturais da criação. Satisfez-se por fim com uma idéia da Biologia de então que determinados
arquétipos básicos[5] (os criacionistas de determinadas correntes retomam a idéia na conceituação de baramins[6] , formas básicas a partir das quais, por exemplo, desenvolveram-se todos os felinos, mas jamais os cães, ou as focas, ou qualquer carnívoro). Tais arquétipos que constituem todos os indivíduos uniriam as espécies através de certos modelos eternos.Tais arquétipos seriam um design (um projeto) na e da mente da divindade, através das quais resultariam formas mais elaboradas e variadas. É de se observar que esta afirmação já inclui uma conceituação evolucionista para as formas de vida e simultaneamente, resolve muitos problemas com a descrição do mito do dilúvio universal bíblico, pois já se havia há muito percebido que as formas de vida do planeta não caberiam numa arca tal como a descrita no texto bíblico.
FONTE: http://knowledgeispowerquiumento.wordpress.com/article/o-argumento-do-relojoeiro-de-paley-2tlel7k7dcy4s-1/
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