Jornada interior
Falam os poetas visionários.
De um mundo em nosso interior.
A ser explorado a duras penas.
Mas que revela quem nós somos.
Sua geografia é misteriosa.
Não há rotas previamente traçadas.
O acesso se faz parcimonioso.
Em dados momentos da vida a porta se abre.
Estar nesse mundo pode ser sombrio.
Mas pode ser decorado por belas quimeras.
As paredes e a argamassa são reflexos das ações exteriores.
Um contexto moral é o enredo dessa história.
O universo interior revela o fio da meada.
Dá sentido a uma vida sem sentido.
Não é fácil torna-se explorador.
Cada passo tem oculta sua dor.
Dor da consciência.
Dor da ignorância.
Mas que mundo belo existe além da dor.
Ferramenta mais útil nessa jornada.
O desejo de se tornar melhor.