CÔNSCIO
Meu desespero é saber
Que um dia não vou morrer,
Mas ficar por um momento
No pó que os filhos virão,
Na mão da amiga que dorme,
No banco da praça,vazio,
Talvez um pouco no sonho
E muito no desvario.
Mas se assim for,que assim seja!
Nem desejo mais que isso,
Talvez um pouco de mim
Ainda crê na morte eterna
Sem a lembrança do beijo
Pôsto à têz enregelada,
Pálida,inerte,ausente...
E assim,sem nome,sem nada,
Hei de ir completamente.