Deus nos colocou no lugar certo!
Eu imaginei ser uma estrela cadente, reluzente em seu esplendor,
Abundante de brilho, de luz, aconchego e amor,
Depois pensei... Que nada! Brilharei apenas em noites de verão,
Em noites de inverno, o tédio tomaria conta do meu coração.
Imaginei então... Ser a luz do dia o sol, onde toda a fantasia,
Faria- me poesia ao amanhecer, porém...
Em contraste com toda esta beleza, eu me excederia,
Displicentemente, tornando árido e quente a terra,
Sufocando lagos, rios, e gente, exilando os pássaros das florestas;
Então eu decidi ser a Lua, bela, romântica e nua...
Para fazer sonhar os apaixonados de alma
Na penumbra calma de uma linda noite;
Logo, me veio um açoite, um arrepio, um vazio em meu ser...
Em perceber, que jamais poderia ver o meu grande amor, o sol.
Porque não pensei na chuva? Que escorre telhado a fora,
E, vai embora levando seiva a vida.
Não, eu não posso ser a chuva, ela às vezes mata e inunda,
Rios, vidas e canais, leva tudo em temporais.
Lembrei-me do amigo vento, que vem lá do firmamento,
Trazendo a brisa do mar, mais às vezes em tempestades,
Ele revira cidades para mostrar seu vendaval.
Só restou-me o mar? De verde ou azul a espalmar na areia
Sua bela e mansa sereia, em dias e noites acariciar;
E no mês de agosto ele sente revolto desgosto,
Começa a esbravejar!
Por fim eu voltei deste sonho, sou um ser humano!
Não sou boneco, não sou de pano, sou de Deus,
Completo, fraterno, zangado, feliz, molhado de lágrimas, cheio de culpa ou de calma, cheios de pecados em minha alma... Porém, no livre arbítrio de me redimir e consumir este amor, que o Senhor me mostrou, quando se humilhou, quando chorou, quando carregou nossos pecados;
Quando nos mostrou o caminho
Quando nos falou a verdade
Quando nos deu a vida!
Norma Moura 03-08-2012