Sonâmbulos das Trevas
'Estremecido, arquejando o silêncios
Somos todos os sonâmbulos das trevas!
Esquivando da direção certa,
Caímos de olhos vendados pelo escuro!
A alvorada se inicia lentamente,
Fazendo o paraíso adormecer em minh'alma
Um beijo calando meu corpo,
uma alma perdida em dor
Livrem de mim meus pequenos sonhos!
Pois preciso continuar acordada!
Arrastam-me a antiga porta,
a mesma porta que me leva à tão distante
À noite leva de mim um puro desejo,
O dia carrega de mim um doce amor!
Sonâmbulos e perdidos nesse lugar;
Um lugar que nínguem jamais criou
Eu vivo enlouquecendo com minha poucas memórias
Sinto furarem meus pulmões sem qualquer piedade!
O desejo de descobrir um modo,
Com que a morte me resgate sem tamanha dor
Somos todos os sonâmbulos das trevas,
nesse lugar onde Deus nos jogou!
Sentindo o medo devorar os olhos
Acordada, vivêncio em silêncio
A insanidade tomar posse da minha mente...'
Descreve a sensação da imensidade do mundo, de como 'sozinhos' nos sentimentos muitas vezes. De todos os mistérios que o mundo nos trás. Somos todos sonâmbulos das trevas, 'jogados' no mundo destinado a 'sorte' em que Deus nos envia.