Contradição
Nas manhãs de calmaria dos meus dias
Às vezes aponta uma aventura tonta
Inconseqüente no meu coração
E vai crescendo se alimento a semente
Até que o engano desmente a razão
Então os meus olhos
Como os olhos de um ladrão
Aliviam-se ante o fato de não virem ninguém
Refestelam-se no anonimato,
Quando acordo já me atirei no precipício
Ao contrário de um vôo livre
Despenco ao profundo das sombras
Nesse momento só me resta uma saída,
Encontrar as tuas mãos
Por isso grito, brado, espremo o ventre
As palavras saem vazias
Embrutecidas de dúvidas
Atiradas ao vento a esmo
Quando peco me sinto escondido
Dos olhos do teu juízo
Quando peço, faço em desespero
Duvido que encontre os teus ouvidos
Deus, se não creio que podes
Me ver pecando
Como posso crer
Que podes me ouvir pedindo?