Brinde com a Morte
Nos últimos suspiros de minha alma, quando à hora se aproximar,
Quando no peito sentir o ar evaporar,
E enquanto respirar temerei o certo, pra não contar com a sorte,
Pois rejeitar a vida é aceitar a morte.
E enquanto ainda de meus últimos minutos contemporâneo passar
Aguardo a face dá morte chegar.
Assustador; roupas pretas, capa escura; a face na escuridão do capuz.
Mentira, é fantasia; a morte se produz.
Convido teu espirito dos mistérios milenários para uma taça de vinho,
Pra que à presa? Já irei pro seu ninho.
Antes de começarmos a caminhar ao além-porvir, brinde comigo!
De ti não tenho medo, conversarei contigo.
Mais antes modificaria á forma que a morte reagiria a me esperar
A vida é o espirito que se tem que preparar.
Quando no labirinto enlameado da escuridão fumacenta predominar,
Espíritos sem o brilho, perdidos iram ficar.
Mais não beberei o vinho da vida! Traga-me o gosto do vinho da morte,
Após despertar do porvir de ressaca não sofre.
Brindaremos á passagem eterna deste mundo, cheio de fato e lorota
Destino é a morte que vive bater em nossa porta.
A vida intelectual conspira na mentalidade do que acreditamos ser
O que é a fé? Pra quem tem que ver pra crer?
E de memórias que comigo irão morrer, são sofrimento compostas
Na vida surgem perguntas, a morte gera respostas.
Mostre-me as almas engrandecidas perante o século dessa vida
O conhecimento é a chave da eterna partida.
Enquanto mentes sem nenhuma constante reflexão, no silencio sofre,
Nos últimos minutos, ainda brindo com á morte.
Caixão branco? Para que? Luxaria para ver o corpo dentro abafado?
E dentro o design maternal condenado?
Na sepultura a morte rodea sobre os vivos sem deixar nenhuma pista,
Vida tem pavor do morte a morte pavor da vida.
A mente que se semeia desconcentra e aceita esse mundo místico,
Mais a morte que nasceu na morte é verídico.
Como uma esperança de uma mãe agoniada vendo o filho morrer,
Esperando a visita da morte para o fim do sofrer.
[ Vinnie Anisio ]