Olhos da Alma
Aos olhos que não enxergam,
E aos ouvidos que não escutam,
Tudo parece distante, um mistério escondido,
Mas, em silêncio, os sentidos despertam,
E a alma encontra o que parecia perdido.
Há uma força que nos guia, invisível, constante,
Alguém vela por nós, em cada instante.
As coisas deste mundo, matéria e razão,
São apenas fragmentos da grande criação.
E o impossível, o invisível, habita o espiritual,
O que o olho não vê, o coração torna real.
Para aqueles que enxergam e escutam sem limites,
Basta um pano escuro nos olhos, e o caminho hesita.
Dois passos são desafiadores, tropeços iminentes,
Pois a luz externa desaparece de repente.
E se os ouvidos forem tapados, surdos ao som,
As ruas agitadas tornam-se um caos sem tom.
O silêncio grita, o ruído não avisa,
E o risco de perder o caminho se eterniza.
Mas, para quem vive sem o que chamamos "normal",
A visão da alma é o farol mais vital.
Eles veem pelo sentir, escutam pelo coração,
Superam o que chamamos de limitação.
Nas ruas, no mundo, seguem firmes, confiantes,
Pois a alma os guia em passos vibrantes.
Tente, por um instante, ver além do material,
Olhe com os olhos da alma, toque o espiritual.
Sinta o mundo que emana em pura energia,
Deixe o coração te guiar em sua harmonia.
Há uma sintonia que transcende a visão,
Que remove o véu da razão.
Escute o que a alma deseja te contar,
Veja o invisível, deixe-se conectar.
Pois a verdadeira luz não está no que vemos,
Está no que sentimos, no que entendemos.
E os olhos da alma revelam a direção,
Onde tudo se une: o corpo, a mente e o coração.