Poema do tempo

Já nos confins do universo

Entre ressalvas de anequins

Toda relva se entrelaça

De selvas e querubins

E a ventania a qual abraça

Reza a furia, vento e massa

Embalando o tempo em confins...

Já nos centeios de sobressalto

Quase não cobre os talismãs

Há paisagens de sentimentos

Retumbantes ao peito das espiãs

E as namoradas que cobrem o tempo

Se desfazem de qualquer momento

Todas sem nexo, e quase em todas as manhãs...

E quando a tarde, singela e lépida

Respira o ar temeroso das sentinelas

Surge a noite, voraz e trêmula

A cobrir estrelas em tuas lírias belas

E vai-se assim, pelo tempo afora

Eu fujo entre escombros e finjo ir embora

Pelo som do tempo em suas aquarelas...

sergio canuto
Enviado por sergio canuto em 29/05/2012
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