PRECE
Minha prece sobe e se desdobra
Crescendo chega às altas plagas
Onde Deus, sentado, ouve e acolhe,
Pesando cada sílaba, cada palavra.
Responde-me com milhões de bênçãos...
Sua voz é brisa em minha epiderme,
Sol divino que minh’alma aquece
Libertando-a do frio da descrença.
Quando à noite olho no alto as estrelas,
Percebo que sou um ser pequenino,
Um grão de areia em relação ao mar,
Mas sou tua filha, sou tua obra.
Senhor, vestiste minh’alma imortal
Com roupagem de fraca carne
Para que a cada troca de roupa
Tenha meu espírito evoluído,
E que possa eu me sentir digna
De estar diante do Pai e do Filho,
No dia que terminar o longo ciclo
De idas e vindas da alma,
E eu não mais precisar
De um denso corpo, pois serei luz
Servindo aos teus santos propósitos
De recuperar os muitos irmãos perdidos.
E nesta hora do nascimento da aurora
Desperta da noite de sono que me deste,
Eu agradeço e peço a tua proteção
Para o meu dia de hoje e os do futuro
Porque sem ti não há evolução
Só o embrutecimento, o retrocesso
Cerceando o plano que traçaste
Para fazer da Terra um paraíso.
04/02/07.