Corações Partidos
Perdem-se nas ruas do ontem
Distorcidas imagens na retina
Sobras de amores mal vividos
Pesadelos que a dor desatina
Tortuosos caminhos escuros
Arrastam vidas desavisadas
Ocultadas por entre os muros
Angústia do vazio em apuros
Entrega aleatória ao comodismo
No cenário colorido de cinismo
Onde os angustiantes prejuízos
Se mostram em plásticos sorrisos
Vidas escoadas nas valas do nada
Chamas de fracas velas apagadas
Corações partidos nas estradas
Sinistro existir do afeto privado.
(Ana Stoppa)