LÁGRIMAS

LÁGRIMAS.

No horizonte desapareceu mais um dia.

Quem do trabalho voltava,

Não mais aquela alegria via.

O menino alegre, antes. Chorava agora.

Chorava a não mais parar.

Todos atônitos perguntavam:

Qual a razão de tanto soluçar?

Seus olhos no horizonte se fixavam.

E entre as lágrimas que a poeira apagou,

O menino triste soluçando assim falou:

O sol morreu, a noite voltou,

Sou pobre e sem lar, para onde vou?

Todos até então compadecidos

Foram aos poucos se retirando

Deixando o menino de cabelos compridos

Em novo pranto se banhando.

Não queriam ter mais problemas.

Suas casas não eram abastadas.

Iriam ficar de braços com mais dilemas.

E as suas cintas apertadas.

Com lágrimas no rosto.

O menino pobre adormeceu.

Sonhou. Sentiu até o gosto,

Do último pão que comeu.

Então na noite uma voz falou:

FILHO! Vinde. Não vais mais ficar,

Entre os que VOCÊ amou.

E. não souberam LHE amar.

Na manhã do outro dia,

Um colar de pedras de tipo esquisito

Foi encontrado, e motivo de grande alegria.

Não sabiam eles, que eram as lágrimas de CRISTO.

Romão Miranda Vidal

ROMÃO MIRANDA VIDAL
Enviado por ROMÃO MIRANDA VIDAL em 27/01/2007
Código do texto: T360190