LÁGRIMAS
LÁGRIMAS.
No horizonte desapareceu mais um dia.
Quem do trabalho voltava,
Não mais aquela alegria via.
O menino alegre, antes. Chorava agora.
Chorava a não mais parar.
Todos atônitos perguntavam:
Qual a razão de tanto soluçar?
Seus olhos no horizonte se fixavam.
E entre as lágrimas que a poeira apagou,
O menino triste soluçando assim falou:
O sol morreu, a noite voltou,
Sou pobre e sem lar, para onde vou?
Todos até então compadecidos
Foram aos poucos se retirando
Deixando o menino de cabelos compridos
Em novo pranto se banhando.
Não queriam ter mais problemas.
Suas casas não eram abastadas.
Iriam ficar de braços com mais dilemas.
E as suas cintas apertadas.
Com lágrimas no rosto.
O menino pobre adormeceu.
Sonhou. Sentiu até o gosto,
Do último pão que comeu.
Então na noite uma voz falou:
FILHO! Vinde. Não vais mais ficar,
Entre os que VOCÊ amou.
E. não souberam LHE amar.
Na manhã do outro dia,
Um colar de pedras de tipo esquisito
Foi encontrado, e motivo de grande alegria.
Não sabiam eles, que eram as lágrimas de CRISTO.
Romão Miranda Vidal