Para o Sábado de Aleluia "Do Silêncio"

O segundo dia amanhece

Ouve-se apenas o calar das vozes.

A fúria deu lugar ao pensamento

Divagando pelo vazio da cruz...

Só entre às oliveiras!

O Jardim ainda em botão

Pergunta-se, se volta ao mundo

Indagando ao orvalho o porquê do vermelho.

Pelo chão onde passou o Messias das boas almas,

A brisa que vem do monte responde:

- Ele só queria salvar o Homem!

Agora tudo é silêncio pelas doze estações.

Estrofes que de uma forma ou de outra

Receberam a semente da face que só tinha

O olhar para ternura humana,

Para os que temiam a palavra do Eremita

Mor de todos os sentimentos!

Em algum lugar da escuridão

Corações solidários se engajaram em oração,

Aguardando que o amanhã renasça trazendo

No ovo a Profecia do terceiro dia.

A palavra que nunca será esquecida,

As mãos que afagaram com Amor!

Auber Fioravante Júnior

05/04/2012

Porto Alegre - RS