NAUFRAGADO
Quantas tempestades futuras virarão meu barco?
Sem saber nada do mar eu velejo incerto e solto
A aspereza dos remos, o céu estrelado e acuado
As grandes ondas bravias trazem o mar revolto
Minhas palavras caladas, signo deveras contido
Confuso, não leio os Detalhes despercebidos
Que, sem querer, revelam o meu ego escondido
Pensamentos, em silêncio, no oceano perdidos
No mar de dúvidas, sem bússolas, não sei velejar
Busco respostas, mas com migalhas fui contemplado,
Avisto Barcos perdidos, muitos pecados, o mar...
E apenas matéria em meu Coração naufragado .