NAUFRAGADO

Quantas tempestades futuras virarão meu barco?

Sem saber nada do mar eu velejo incerto e solto

A aspereza dos remos, o céu estrelado e acuado

As grandes ondas bravias trazem o mar revolto

Minhas palavras caladas, signo deveras contido

Confuso, não leio os Detalhes despercebidos

Que, sem querer, revelam o meu ego escondido

Pensamentos, em silêncio, no oceano perdidos

No mar de dúvidas, sem bússolas, não sei velejar

Busco respostas, mas com migalhas fui contemplado,

Avisto Barcos perdidos, muitos pecados, o mar...

E apenas matéria em meu Coração naufragado .

Vanessa Patrícia
Enviado por Vanessa Patrícia em 25/03/2012
Reeditado em 28/03/2012
Código do texto: T3575372
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