Mente em Turbilhão
Eu sempre a ir e vir,
descer ou subir,
mas lhe vejo
a me ver...
Ah, Puro Ser,
sou eu quem não sou!
Não passo de pó
coagulado num tempo,
preso num determinado espaço.
Aço mais cortante
que o de sua espada,
desconheço.
Ela me penetra,
como a uma taça
e me faz transbordar,
me derramar
neste chão rachado.
Mergulhada assim
em mim,
sua vontade cortante
gera constante ação
minha, por você.
Não passo de você em mim,
a brincar de viver,
oh observador
e ator de meu ser,
que é só
outra personagem,
ação, paisagem,
ato consumado,
no fato, no ser,
que sempre é
você em mim.