Homenagem de Baraygby a Èsù
Sou o Senhor dos caminhos!
Sou os próprios Caminhos!
Sou a força que impulsiona os viajantes em seus movimentos pelos caminhos!
Sou Esfera!
Sou o movimento de tudo.
Sou o próprio movimento!
Sou a alegria!
Sou a doação para essa alegria!
Sou a intensidade em que se doa ao momento, ao sentimento, a Vida!
Sou se preciso ser coração humano até!
Sou o dono do àse!
Sou o querer!
Sou a ardência do Dendê!
Sou astuto, sútil e sensual!
Sou o desejo, e o êxtase!
Sou o que espanta!
Divirto-me ao ofender o pudor!
Senhor do Bastão Fálico!
Senhor do Ógó!
Sou aquele que se locomove em qualquer distância sem demora!
Sou o princípio!
Sou um multiplicado ao infinito!
Sou a individualidade do ser!
Sou a evolução do ser!
Sou incerto, travesso e ambíguo!
Sou confidente, companheiro e amigo!
Senhor do Mercado!
Sou o erro que se torna acerto!
E o acerto que se torna erro!
Sou incompreendido e me faço compreender na incompreensão.
Guardião de tudo e de todos!
Sou a boca que a tudo come!
Primeira Boca a comer!
Boca do Mundo!
Sou o sorriso do boêmio!
Sou o choro apaixonado da princesa!
Sou a gargalhada da mulher bem quista!
Se precisarem de mim, vou, mas por que quero se não precisam, vou, por que não querem. Apenas pelas minhas brincadeiras.
Soltar aqueles que vivem na hipocrisia.
Vivem sem viver, vivem sem se doar.
Sou a ligação do Òrun com o Àiyé!
Sou o Mensageiro do Mundo!
Poliglota Supremo!
Senhor de todas as línguas do Òrun ao Àiyé!
Sou representado pelo Okòtò!
Por todos que me prestam culto!
Àlàáfíà na Vida, para quem não se esquece de me reverenciar!
Sou o antes e o depois!
Sou o meio-termo!
Sou o de cá e o de lá!
Sou a cor e sou opaco!
Sou amado e odiado!
Sou concreto e Abstrato!
Sou o tempo sou o espaço!
Sou o velho!
Sou o adulto!
Sou a criança!
Sou Èsù sem tirar nem por sem parar!
Ebora inclassificável!
Sou o que sou!
Mas se quero sou o avesso.
Lároyé Èsù!
Mo júbà Èsù!
Meus respeitos a Èsù!
Jé a mú àse bò ìkóríta o!
Permita que voltemos da encruzilhada com àse!