ODE AO TEMPO
De corpo e alma coabito no tempo,
teço versos em todas as fases da lua,
tranço a cabeleira do vento.
Despida de todas as faces, nua de mim,
matizada em tons fluorescentes
beijo as estrelas cadentes com meus lábios carmim.
Regendo o sol em semitom,
solfejo a esfera celeste,
refaço meu reverso dedilhando o uno verso
na lira que guardo no alforje do meu universo.
JP13072011