Quarta palavra do crucificado - Mechanical fuck

"Eli, Eli, lama sabachthani?

Nós precisamos fugir para longe...para onde?

Eu investigarei a origem dessas dores divinas,

De quando eu matei meu pai, para também morrer.

Acredite em mim quando digo,

Que não é a violência do coração que bate,

Nem a crença em minhas chagas abertas,

Que torna a noite o fim daquilo que tem de permanecer.

São os sons dos tambores de uma pátria distante,

São os canhões e a marcha para o infinito.

Eu vou torcer sua alma, engolir seus suspiros,

E quando me abandonar, à frente do sepulcro,

Quando chorar, quando quiser ser mais um herói,

Direi que sou apenas um, apenas o tiro alojado em seu peito.

Vamos traduzir a arte da petrificação da fé.

Vou ser o equilíbrio que está oculto em dois braços,

Abertos para a sede daqueles que me querem nú,

Vou ser o sexo pulsante entre duas pernas cruzadas,

Para aqueles que me esculpem como o ato de se masturbar.

E este corpo, ausente da Criação será para sua dor.

A palavra que diz apenas o desejo que oculta, faminto,

Por mais sangue e esperma, porém mentindo, dizendo,

Que seu desejo, é a redenção que brota de minhas mãos perfuradas.

Sed velit caro mea.