LEI DE PROGRESSO: JUSTIÇA DO CRIADOR À CRIATURA

As nuvens esvaem com o sopro do vento,

Como se esvai, com o Tempo, a vida do corpo!

Ciente disso, o Homo sapiens sapiens – sapientíssimo,

Em que se apega para não ter medo da realidade cega?

Realidade cega, como a Justiça: mesmo peso e medida!

Fazendo uma analise aprofundada de sua coragem,

Descobre-se a religião como uma antiga mansão

De muralha intransponível arraigada na humana alma,

Sempre dizendo temos o céu como salvação – calma!

Na outra ponta, o materialismo científico, aparentando

Muita coragem ante o fatal destino, diz: o fim é a morte!

Quem já acompanhou os últimos instantes de tal valente,

Diz, que, na hora, pálido e trêmulo ele pede humilde: ora!

A antiga Mansão, por milênios, com seu céu da salvação,

Nunca deu muita explicação: onde fica, como se chega lá?

Não podiam dizer pela conduta, tentam pela fé – sem conduta?

A inteligência refuta. Eis, porque, hoje, os Espíritos fortes,

De bom senso, não vão pela sorte, como: aceito, não penso!

Nasce a Terceira Revelação. Sendo a Primeira, Moisés,

A Segunda, Jesus Cristo e a Terceira, o Espiritismo – Kardec,

O Codificador, uma plêiade de Espíritos de luz – Verdade!

Não pela fé sem obra, não pela obra sem fé, obrando com fé,

Submetido à Lei de Progresso – Justiça do Criador a sua Criação,

E, tendo a dor como maior lição, dia a dia um passo à perfeição!

Se curta é a estada na Terra, sabe da ida e volta pela reencarnação!

Manoel de Almeida
Enviado por Manoel de Almeida em 03/12/2011
Código do texto: T3369445
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