Oráculo /Adeus Mundo/

chuvas de fogo molham o incorrigível

a carcaça medonha do prazer cobrará as injurias da água útero da vida

será o clímax orgânico da perdição atmosférica no organismo do cosmo

terra amarrotada pelos maus tratos das almas suspensas no vazio

berra nas esquinas da vida o adeus perpetua da natureza

uf! Uf…

cansada moribunda diz: - cansei de ser pisada!

II

os gritos do ai wé condena o ano, mês, semana e dia da decadência

dia que as chamas de enxofre saciará das almas alimentadas

pelas vãs certezas e esperanças descartáveis na peneira da ilusão

os ventos travam o tabu dos problemas nos espaços vazios da oportunidade

não façam isso!... gritou a atmosfera

finalmente espargiu o futuro no tom mais alto da decadência

sátiras do acaso engordavam no tempo suspenso no adeus mundo

cardápios de guerrilhas encherão as trincheiras cavadas pelas almas

- você ficou maluco? Falou o tempo da ilusão

não digas o que não convêm filho da discórdia

o diagnostico fecundo da terra dará outro estrume

alienígenas inventados pelo pensamento da ironia

desmontam as certezas da sua existência nos escombros da revelação

as acusações da sua usurpação terrena esmiuçou-se nas artérias dos problemas

problemas impercebíveis que os homens embebedavam as almas

almas cansadas de serem pisadas pelas superstições ilusórias

debruçam entre os pedaços a erupção nazista da própria natureza

trovoadas de murmuro esvaziarão atmosfera dos problemas

- aleluia! Exclamou a natureza emanada de alegria

III

vómitos do acaso cobria as feridas crónicas do planeta

entre lençóis de ventos forravam a ébria terra da perdição

inalando as poeiras que a vida suportou até as entranhas

enfraqueceram os pilares da terra e a queda será eminente

já se vêm as luzes que farão do mundo refinado até a perfeição

- por favor me deixem em paz! Medonha terra exclamou...

as teias da ilusão costuram a perdição com o cérebro de Satã

o ser mais persuasivo do universo e perdido no silêncio do orgulho

sem salvação debuxa nas nuvens dos espíritos a saída da sua condenação

fezes do alheio perfumarão as ultimas cenas do adeus mundo

horas vazias invocam a morte no preludio da vida

- epa você foi longe! Quem falou?

óbitos serão varridos pelas chamas da regeneração

o cinema da confusão será rasgado pela difusão da perdição

entre linhas da ilusão será apenas o ultimo golpe de Daimon

a devastação total da terra será em uma única lágrima

todos em coro chorarão os lamentos que as almas denunciavam

IIII

fugiu em susto a vida da morte e nunca mais se encontraram

a tristeza de todas as coisas que forravam o mundo de mentiras

cavou entre pedaços o seu próprio sepulcro

almas que sempre viveram experimentaram um novo plasma da vida

- não fala dobagem! Aie então observa…

o véu da grandeza patrocinado pela graciosidade divina

promove o primeiro vinho da imortalidade imbuída de graças

homens agora vivem apenas vivendo a vida

vida pigmentada pelas luzes celestes da imortalidade

luzes desenham novos pedaços que as memórias criam

a terra do nunca se formou no final da decadência do mundo

(Daimon/Espírito ou Demónio)

Isartene Esunga
Enviado por Isartene Esunga em 18/11/2011
Código do texto: T3343588
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