RECOLHIMENTO
Gosto de igreja vazia!
Na missa não me sinto bem,
me foge a concentração,
com a fala do sacerdote,
o murmúrio dos fiéis,
o movimento constante,
do ajoelhar e sentar,
de uma criança que chora,
uma tosse incontida,
alguma coisa caída.
Gosto de igreja vazia!
Do seu pesado silêncio,
da luminosidade,
que atravessa os vitrais.
Da palpável energia,
que está solta no ar,
do encanto que emana,
das quase humanas imagens.
das mil cores tão veladas,
das abóbadas adornadas,
das madeiras bem lavradas.
Gosto de igreja vazia!
Do sublime crucifixo,
do retiro inevitável,
da solene silhueta do órgão emudecido,
das naves esplendorosas,
das soberbas sacristias.
de ouvir a própria voz não falada,
no íntimo contato com Deus.
Das conversas que nós temos,
só mentalmente expressadas,
mas fervorosamente pensadas.
Gosto de igreja vazia!
Da sombra profunda dos cantos,
do bruxuleio das velas,
refletido nos metais,
da brisa que de repente,
move mansamente o ar,
sussurrando sutilmente,
um cântico gregoriano,
vindo, talvez, do passado...
E quando me vou embora,
vou feliz e muito certo,
que tive Deus bem mais perto.
Gosto de igreja vazia!
Gosto de igreja vazia!
Na missa não me sinto bem,
me foge a concentração,
com a fala do sacerdote,
o murmúrio dos fiéis,
o movimento constante,
do ajoelhar e sentar,
de uma criança que chora,
uma tosse incontida,
alguma coisa caída.
Gosto de igreja vazia!
Do seu pesado silêncio,
da luminosidade,
que atravessa os vitrais.
Da palpável energia,
que está solta no ar,
do encanto que emana,
das quase humanas imagens.
das mil cores tão veladas,
das abóbadas adornadas,
das madeiras bem lavradas.
Gosto de igreja vazia!
Do sublime crucifixo,
do retiro inevitável,
da solene silhueta do órgão emudecido,
das naves esplendorosas,
das soberbas sacristias.
de ouvir a própria voz não falada,
no íntimo contato com Deus.
Das conversas que nós temos,
só mentalmente expressadas,
mas fervorosamente pensadas.
Gosto de igreja vazia!
Da sombra profunda dos cantos,
do bruxuleio das velas,
refletido nos metais,
da brisa que de repente,
move mansamente o ar,
sussurrando sutilmente,
um cântico gregoriano,
vindo, talvez, do passado...
E quando me vou embora,
vou feliz e muito certo,
que tive Deus bem mais perto.
Gosto de igreja vazia!