Palco da Verdade
Ser Verdadeiro...
Que brutal convite
A ser sozinho.
E escolher caminhos,
Ladeados de espinhos.
De vez em quando...uma flor.
Mais que uma flor...
Um oasis no deserto
Da indiferença humana,
Que de amar, quase sempre,
Nenhuma alma por certo...
Perto.
Ser verdadeiro...
Caminho dos loucos e
Dos poetas...
Que usam máscaras
Mais verdadeiras
Que o próprio rosto
Adulterado pelas
Pinturas da ilusão.
Ser verdadeiro...
Horenda e doce constatação
Em ser único...
No teatro da ilusão,
Camaleando a angustia
Da aceitação...
Que causa devastação
Da própria emoção.
Mas o show da vida
Continua...
Da massa...poucos
Se destacam por usar
A cara limpa.
A cara de espanto
Dos que deixam
De protagonizar
A vida de real realeza
Dos sentidos...
Que constróem
De verdade,
À revelia de um mundo
De faz-de-conta
E quando conta,
A platéia descobre...
Tarde de mais,
Triste de mais,
Que são eles
Quem representam
No palco do mundo,
Que, de amar
Verdadeiramente,
Tristemente...
Covardemente...
Não ousam.
Opus Sewaybricker
(Para Dimas, meu filho muito amado)