Jardineiros do Universo
 
Vá expiar sem murmuros e lamentações, sorria, viva, faça o bem sem olhar a quem, dê-me um abraço, em breve iremos nos reencontrar, que te leve os ventos da boa aventurança, terás tu remotas lembranças da felicidade que te apraz e que acalma a tua aprisionada e inquietante alma, muitas das vezes dilacerada pelas angusturas mais que vãs, vá meu filho, é hora da tua andança, se relembre dos ditames do doar que alcança, o sentir mais que pleno da melhor satisfação, vá meu filho, longa é a jornada, leve o meu afago que te estimula e que acalenta teu vacilante coração, vá meu filho, estarei no invisível, mesmo diante os mais que certos desatinos, faças dos martírios o propulsor de tua resignação, vá meu filho, aqui estarei, relembrando o tanto quanto andei, experiência a orientar a tua andante missão,vá meu filho, não olhe para trás, enxugue tuas penosas lágrimas, e as use para regar teu trilhar na imensidão, como que fosse jardineiro, a fazer brotar as mudas serenas onde outrora só havia adormecimento e prisão,vá meu filho, os Jardineiros do Universo não se atribulam com a separação, mas, fazem desta o incentivo, diuturno, reincidente e certo de propagar pelos quatro cantos da Terra,a verdadeira, intensa e plena união,vá meu filho,vá, é chegada a hora,me reencontrarás nas horas mais incertas, atribuladas, felizes ou severas, a balbuciar o necessário incentivo, na sintonia tangível do teu desperto coração,vá meu filho,vá...

Dedico ao meu incansável e zeloso guia espiritual


 
O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas)
Enviado por O Poeta do Deserto (Felipe Padilha de Freitas) em 17/09/2011
Reeditado em 17/11/2015
Código do texto: T3225840
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