SER HUMANO

SER HUMANO

Penso, logo, não vivo equilibrado,

Por conseguinte, sou sem harmonia;

Um ser que se mensura todo dia

À medida dos atos praticados.

Vivo sempre entre os certos e os errados,

Pratos distintos da mesma balança

Do ego meu que mede mas nunca alcança

A sonhada proeza do equilíbrio

Perdido no satânico ludíbrio

Que fez rompida, com Deus, minha aliança.

Rompendo o pacto fiz o meu destino,

Dei-me conta do peso do pecado;

Tornei-me esse ser desequilibrado

Que faz, por toda a Terra, desatinos.

Mas tendo o livre arbítrio como arrimo

E a dúvida como divina herança,

Sei que existo e, por isso, alço a confiança

De que serei de novo harmonioso,

Pois, com o Filho do Todo Poderoso,

Farei parte da Nova e Eterna Aliança.