Confissão
Se um passo eu dou é certo que estarei adiante.
Se uma árvore eu planto é certo que melhorarei o mundo.
Se uma criança eu afago é certo que me purifico.
Se uma flor eu oferto a alguém é certo que o farei feliz.
Se termino uma discória é certo que conquistarei a paz.
Se em um rio eu me banho é certo que ficarei mais suave.
Se um trabalho eu realizo é certo que me torno mais competente.
E assim segue lista infinda a provar que podemos ser melhores.
O certo é que eu não caibo nesta busca da perfeição.
Dou muitos passos, mas trôpegos.
Não há no planeta terrra árvore plantada por mim.
Afagos que faço em crianças não são afagos de mãe.
Há tempos não dou sequer uma pequena flor a alguém.
Minhas discórdias, quando as tenho, pedem mudança e não paz.
Não tenho me banhado em rios, meu corpo anda seco.
Realizo trabalhos, mas não se projetam aos seus olhos.
Deus, Deus, ouça minha confissão e me responda:
É melhor ser uma ave que voa liberta que ser uma corrente que prende?
È melhor pecar e pedir perdão todos os dias de nossas vidas que não errar para acertar?
Perdoe-me, Oh! Deus meus pés descalços e sem rumo.