No limite da minha fé
Foi ovelha desgarrada desprovida de fé
Duvidei de tudo e de todos e até de mim
Perguntei-me porque haveria de existir
Um Deus se ele permitia a dor, as doenças
Sejam em velhinhos como nas crianças
Então me interroguei por que existe a guerra?
O falado ódio e os maus tratos da vida...
Não tive qualquer resposta, silêncio mortal
E neste silencio me transformei completamente
Quem era eu, a pobre mortal que cobrava Deus?
Ninguém, apenas a voz do vento que se fez escutar
E com a voz do vento aliada a mim eu consegui
Escutar a voz de Deus em mim, quanto ela é poderosa
Humilhada, traída por mim mesma, tão ultrajada
Pelos meus impuros pensamentos eu me ajoelhei
Pedi perdão ao meu Pai, ele, sempre esteve ali
Comigo, calado e paciente, até eu despertar um dia
E eu despertei através da dor, da cruel saudade
Foram pedras em meu caminho, difíceis de transpor
Sangrei dos meus pés, nada eram apenas acidentes
Ele me mostrou algo completamente sofrido e indigno
Por uns segundos ele me deixou carregar a cruz
Do meu amado irmão, quanto sofrimento, quanta dor
Por momentos pensei sucumbir à dor, a sede e ao cansaço
Firam segundos apenas e eu quase morri de sofrimento
Que vergonha eu ali senti, se cavasse um buraco na terra
Sumiria para não ter que enfrentar meu Pai, ele sorriu
Falou: Calma, tu pediste, tu recebes, compreendes agora?
Eu compreendi e como eu compreendi o amor que recebi
Único, grandioso, sem culpas e nem repreensões do Pai
Entre lágrimas, meu coração abriu-se completamente
Minha vida mudou, meus horizontes são outros, imensos
Nada tenho, nem mesmo o meu corpo, apenas o ensinamento
E daqui levo as boas ações e os meus deveres já cumpridos
No amor, paz , na esperança, no perdão e na união de irmãos...