Umbral
O negror das incoerências no encéfalo cansado
Lateja a fonte e esmaga os fragmentos de pensamentos
Numa espécie de dimensão paralela onde o nada é materializado
Na forma dos mais escrotos e putrefatos tormentos...
Sacoleja a capa negra de um passado doloroso
Enquanto sangra ainda as presas no presente
No hall da sala central tal anseio de prazer desejoso
Deixa ecoar o grito de uma questão pendente
E os astros se movem na imensidão universal
Como grãos de areia no ponto mais profundo do mar
Munidos de um respeito nobre e episcopal
Como almejando o centro do universo salutar
Clama calma e na cama chama calada e calcada
Nas mais profundas raízes do inconsciente e da alma
Que o tempo apague as feridas de um tempo confuso
E o sentir retorne ao ciclo pacífico donde oriundo: Deus!