Umbral

O negror das incoerências no encéfalo cansado

Lateja a fonte e esmaga os fragmentos de pensamentos

Numa espécie de dimensão paralela onde o nada é materializado

Na forma dos mais escrotos e putrefatos tormentos...

Sacoleja a capa negra de um passado doloroso

Enquanto sangra ainda as presas no presente

No hall da sala central tal anseio de prazer desejoso

Deixa ecoar o grito de uma questão pendente

E os astros se movem na imensidão universal

Como grãos de areia no ponto mais profundo do mar

Munidos de um respeito nobre e episcopal

Como almejando o centro do universo salutar

Clama calma e na cama chama calada e calcada

Nas mais profundas raízes do inconsciente e da alma

Que o tempo apague as feridas de um tempo confuso

E o sentir retorne ao ciclo pacífico donde oriundo: Deus!

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 24/08/2011
Código do texto: T3180377
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