"O ANCIÃO"
Eis que me aparece um ancião,
sentado na beira da estrada,
estrada deserta, pacata...
O seu semblante era calmo
tinha as vestes bastante rasgadas;
disse-me coisas bonitas
palavras firmes e sensatas,
desejou-me coisas boas
ao longo da minha caminhada
e por todo esse caminho...
Eu via as suas pegadas;
muito adiante o encontrei
sentado na beira da estrada;
dessa vez ele dormia
talvez cansaço da jornada
sem querer incomodá-lo
passei reto a minha estrada
já era noite eu avistei,
uma luz que clareava
dentro de um velho casebre
que há muito ninguém morava,
criei coragem e chamei
por alguém que ali estava
ao abrir a porta vi
alguém que a mim convidava
era o homem ancião
que com um gesto a mim chamava;
pernoitei ali com ele
no casebre da estrada.