ESTRADA DE MÃO ÚNICA
O sopro divino impulsiona
Sua centelha e a direciona
À iluminação.
A benção da vida concede
E força nenhuma intercede
Sobre o poder da Criação.
Sob os pés a jornada
Linha delineada
Das provas e experimentação.
Se outra escolha prefere
Força nenhuma interfere
Sobre o poder da decisão.
Caminhada imprecisa
Estarrece o que o olho divisa:
Grandes muralhas, abismos e penhascos.
Ignora sobremaneira
Que sob as pedras e a poeira
Alonga-se sua Estrada de Damasco.
Cultua deuses que inventa
Na solidão que impacienta
Experimenta o “vazio”.
Em vigília conflitiva,
Relembra a milenar assertiva
Que certo dia ouviu....
“Se não satisfaz o que tu persegues
Por que então não me segues?
Fostes criado prá brilhar....!
Com o leme do destino peregrinas,
Mas conduzes-te à ilusão que te fascinas
Labirinto que não sabes voltar”!
O que tu és, voz deste chamado?
Que intentas em ver-me despertado
Do sonho sedutor desta vida passageira.
Minhas vãs atitudes se igualam ao vil cenário
Corrompido pelos egoístas, materialistas e perdulários,
Influenciando o mundo a viver desta maneira!
Estar no Mundo e ante os apelos refletir
É definir qual dos dois senhores queres servir:
Ao que oferece somente o brilho, ou o que concede a eterna Luz!
“Vinde à mim todos vós que sofreis
E consolando-vos me revelarei”:
“Sou o caminho, a verdade, a vida. Sou JESUS!!!
Oh! Arrebatadora deusa dos desejos
Que com a sedutora armadilha de seu beijo
Toda a minha essência adulterou...
Confundiste-me com seu álibi decisivo
Ao qual reluto com um grito repulsivo
“BASTA”! Afasto-me de tudo aquilo que sempre me aprisionou!!