DO SANGUE
Depois que a grande lua baixar por traz dos trópicos,
e as nuvens negras encobrir a abobada em negros tom
toda revelia e cobiça por parte tua será revelada
e a máscara com enfeites de sorriso será arrancada,
e tudo que era indigno será provado.
conjuras de ódio e penitência eterna te espera
o mal não vinga, pensamentos negativos infestam
a esfera perpetua, a minha clara-vidência cega
enquanto a flor murcha, o nome do profeta que herdado
e de natureza pura, em mim agora manifesta
minhas mãos não sujas com esse sangue
Deus jamais verá, mas a sede aguça
e desse cálice ela pode de minha parte perpetuar
pois o ultimo gole será do maldito
e esperança por mim não morrerá
dessa do trono, pois a altura corromperá
a mente, a alma, que reveste a capa tua
o destino chuvoso soprando solitário na rua
as sombras metafisicas e corcundas te seguirá
rogo-te amor divino pois o terrestre não ocupará
essa carcaça de cangaço inumana e imunda
os abutres que sobrevoam a cabeça tua vão se banquetear
daqui do alto observo e vejo em sonhos
uma vida farta e falha, corrompida alma tua, desgraça em vida
não verás, pois do papel terás usurá.
mais desse sangue jamais terá
e profeticamente te digo
jamais terá.