Os dois anjos de amor ao clarão da lua

Os dois anjos de amor ao clarão da lua

Amo... Vejo-te a luz em mim, quem vês as asas?

São as cores em mim, ao colo hei de revê-las

À vida do carinho, em ti quem vês as casas.

Sim! Quem morreste o sol... Vê-lo o alvor às estrelas.

O bem que já vos sinta o olho, em ti ao meu amor

Sinto... Vês o roupão, ó fulgor quem me vistes!...

Como o anjo do carinho, a vê-lo o bom licor...

Beijo-te a flor da língua, são os véus mui tristes.

Por ti nunca beijei como és meu belo peito;

Ama-me o meu passado, a ti do meu viver...

O teu doce sorriso, ao choro que já fui feito!

És tu como o langor! Ó brilho que és meu ser!

Amo-te tanto pranto... Mas sem dor a ti!...

Dai-me o vosso clarão, que já fui bem vivido.

Choro.... Que eras a morte que o ser já senti!

Ó meu anjo! Sem dor... És do alvor mui movido.

Da luz voluptuosa, que viste o meu seio

Se deres o meu fado, que vens o véu terno.

Amo-te tanto amor... Dê-me a paixão do anseio

Sou como o teu anjinho, vem-me o amor eterno.

Autor:Lucas Munhoz

*Direitos Autorais Reservados