Parvo e sorrateiro

Parvo e sorrateiro

Seja afável e, sua boca espuma e degenera.

Deleita, ainda tem o velho paroxismo que

te espera.

Deita ou te arma seu parvo e sorrateiro, ria

hoje amanhã serás derradeiro.

O cão sarnento devora o gato magro, a

morte brinca esperta com sua agonia.

Liberta do sono, por que agora dorme

em anestesia?

Ironia ou amor de vinténs estenderá teu

chapéu ao sair na rua sem esperar ninguém.

Mania que tens de cantar o fel em tua cama,

o pus conhece o teu lenço sem amar a chama.

Vai mesmo à revelia, vai é o anjo que fica

lisonjeado com isso não disfarça alma sinistra.

Deixa vir o clarão da luz do dia em tom de arte

em saturno, marte ou na velha pista.

O mal mais fácil, o prazer mais duro lhe ronda

e vai te levar no escuro, a divisória disso tudo é

o mais alto dos muros.

http://poetadefranca.blogspot.com/

O NOVO POETA. (W.Marques).