DEPOIS DA TEMPESTADE
Eram quase três horas da tarde,
O sol havia sido encoberto,
O dia havia se tornado noite,
O vento era um açoite..
Vinha com uma força tremenda!
Derrubando, destruindo
As árvores balançavam,
Muitas delas não resistindo!
Caiam sobre a rede elétrica,
Em cima dos automóveis, do muro.
Dentro de casa, eu via a cena tétrica
Através da janela, estava tudo escuro...
Minhas roseiras balançavam
Minhas rosas...pobrezinhas
Será que o vento as levava?
Furioso demais, como vinha?
Pensei em sair para fora,
Colher as delicadas flores,
Mas a chuva e o vento,
Não me permitiram tal intento...
Então a tempestade passou,
Vi no outro dia que o muro,
A forte ventania derrubou.
(Foi levando tudo o que encontrou)
Mas em meu jardim,
As rosas ainda ficaram,
Perfeitas em seu lugar,
Para que eu pudesse meditar!
Compreendi o que aconteceu:
O que era duro o vento derrubou,
Mas as roseiras maleáveis,
Se inclinaram e ele passou...
É preciso compreender a natureza,
E saber com ela coexistir...
Pois com tal força e velocidade,
É melhor não resistir..
É preciso ser maleável,
Saber se curvar, se amoldar
Para depois da tempestade
Voltarmos ao nosso lugar!
Restaram as rosas e a mensagem
De toda essa ventania
Das rosas tirei uma fotografia
E da mensagem, fiz poesia....