OBSESSOR

É tanto que o tato não sente o ato

mas de fato que mato

a sede a fome no prato

a dor do espinho no cacto

má fama que ama engana

na cama encanta e espanta

da rosa a cor um pedaço

na taça um tinto viscoso

traz rua um grande arado

encruzilhando a alma em tacos, pedaços

destrinchando a lingua crua afiada em aço

me mate, me coma, me faz um entalhe

a paz que me falta entao nao repare

denode o nó

me enforque o cadaço

não tem criação me afogue no lago

de-me um veneno frio e amargo

um obsessor tornarei afim do encalço.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 24/05/2011
Código do texto: T2990788
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