Meus desertos reversos
Meus desertos encobrem santuários,
oráculos inimagináveis.
São vertentes de ausentes confissões
cujos porões libertam sementes de esperança,
compaixão aos menos sensíveis,
lançam flores e luz de velas amarelas
ao mundo de solidão.
São projetos meus não ateus,
não religiosos, apenas destilados ao acaso
de alguma aparição da psique que realinha,
alinhava o traçado, a harmonia
de quem descobre esse oráculo,
imbuído no ermo do meu mundo interior,
porém, não é fácil encontrar meus desertos,
e a poucos eles são revelados.
Mui distante dos passados,
eles são antigos, mas reformados!
Como relíquias se apresentam
a quem conseguiu acesso e regorgiza
a grande descoberta de um tributo
aos camafeus de Deusas Rebeldes,
Anjos, Arcanjos, seres de outros seres,
ouvem a lira encantada.
Os meus desertos? Os transformei em templos de alento,
de crenças múltiplas; _ há apenas uma exigência...
Entrem desarmados e sem sapatos,
deixem lá fora amarguras,
extremuras, e olhem o nevoeiro
inalando projeções do bem
não a quem se sabe existir no coração,
mas sim a quem nunca conheceu-se,
e perdoe a quem algum mal lhe fez.
Lá não é lugar de devoção e sim,
devolução em bem querer, _ em perdão!
Procurem meus desertos, - estão tão perto!
É só querer ver...
Entrar, tirar os maus pensamentos
e crer que além de mim e de você,
há muita gente precisando de luz,
então...Já que o achou... Ilumine!
Doe a sua luz, a quem ainda
cego está na escuridão! Ilumine!!
Edna Fialho
Meus desertos encobrem santuários,
oráculos inimagináveis.
São vertentes de ausentes confissões
cujos porões libertam sementes de esperança,
compaixão aos menos sensíveis,
lançam flores e luz de velas amarelas
ao mundo de solidão.
São projetos meus não ateus,
não religiosos, apenas destilados ao acaso
de alguma aparição da psique que realinha,
alinhava o traçado, a harmonia
de quem descobre esse oráculo,
imbuído no ermo do meu mundo interior,
porém, não é fácil encontrar meus desertos,
e a poucos eles são revelados.
Mui distante dos passados,
eles são antigos, mas reformados!
Como relíquias se apresentam
a quem conseguiu acesso e regorgiza
a grande descoberta de um tributo
aos camafeus de Deusas Rebeldes,
Anjos, Arcanjos, seres de outros seres,
ouvem a lira encantada.
Os meus desertos? Os transformei em templos de alento,
de crenças múltiplas; _ há apenas uma exigência...
Entrem desarmados e sem sapatos,
deixem lá fora amarguras,
extremuras, e olhem o nevoeiro
inalando projeções do bem
não a quem se sabe existir no coração,
mas sim a quem nunca conheceu-se,
e perdoe a quem algum mal lhe fez.
Lá não é lugar de devoção e sim,
devolução em bem querer, _ em perdão!
Procurem meus desertos, - estão tão perto!
É só querer ver...
Entrar, tirar os maus pensamentos
e crer que além de mim e de você,
há muita gente precisando de luz,
então...Já que o achou... Ilumine!
Doe a sua luz, a quem ainda
cego está na escuridão! Ilumine!!
Edna Fialho