Vi a morte de perto

Vi a morte de perto

De sorte vi de longe a morte.

De perto morto vi os que retos

eram.

E depois me fiz ser assim, tórpido

e torto.

Gosto e tento de mar a rio me fiz

atento.

De errado malhado ou gordo.

De molhado ou seco me fiz sarado

e forte.

Com um vento soprando do norte a

sorte se fez devastadora na sua vez.

Querendo e vendo preso em um

xadrez.

Tentei pegar o rei por pouco não

mudei a lei.

A lei injusta de uma morte na avenida

augusta.

O morto não era eu, era o outro com

sorte.

Sorte de ver a morte e se evapora no ar.

O ar poluído do ido que foi sua estada.

Não subiu degrau pelo mal virou pó, pó

misturado com sal.

O sal da vida, da sua morte e da sua ida.

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O NOVO POETA. (W.Marques).