Vi a morte de perto
Vi a morte de perto
De sorte vi de longe a morte.
De perto morto vi os que retos
eram.
E depois me fiz ser assim, tórpido
e torto.
Gosto e tento de mar a rio me fiz
atento.
De errado malhado ou gordo.
De molhado ou seco me fiz sarado
e forte.
Com um vento soprando do norte a
sorte se fez devastadora na sua vez.
Querendo e vendo preso em um
xadrez.
Tentei pegar o rei por pouco não
mudei a lei.
A lei injusta de uma morte na avenida
augusta.
O morto não era eu, era o outro com
sorte.
Sorte de ver a morte e se evapora no ar.
O ar poluído do ido que foi sua estada.
Não subiu degrau pelo mal virou pó, pó
misturado com sal.
O sal da vida, da sua morte e da sua ida.
http://poetadefranca.blogspot.com/
O NOVO POETA. (W.Marques).