Estrelas

Na solidão das estrelas, círculos parélios oculares

Embaçados pela fumaça e as lágrimas preliminares

Estreitamente contíguas e incontidas no teu testamento

Oriundos do hediondo adeus somado aos pilares do tempo

Desertos soberanos de crepúsculos e luares

De areia branca e cristalina clara - embora sombrios lugares -

Sabujo, avaro e asqueroso feito cães abandonados

Arrastam-se teus sentimentos sentinelas de logradouros abandonados

Pelos castelos abarrotados de dobrões perdidos

Nos dentes de sabre deste mutilado felino

Agonizam teus últimos resquícios de vísceras tripudiantes

Como a incoerência das eras que são e as que foram antes

De todo reflexo no prisma puríssimo da eternidade

Onde todas as almas repousam na glacial iniqüidade

Do que a carne não presente pressente do espírito

Mergulhando cálida e gélida no passado ímpio

A fim de resgatar as relíquias de tua própria vida

Afogadas pelo sangue puro que jorra de tuas feridas

E trazer o prazer de viver a tona pela luz dessas estrelas

Pra que enfim digas sorrindo o quanto adora vê-las...

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 19/04/2011
Reeditado em 05/08/2013
Código do texto: T2919411
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2011. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.