NÃO SABIA QUE ERA ASSIM
Eia, pois, vamos cantar!
Um canto feliz e ligeiro,
Bem perto do formigueiro
Sem medo de nos picar.
A formiga respeita o alarido,
Cheio de outros insetos coloridos,
Chegamos e cantamos prá nos alegrar
Neste campo verdejante bem florido.
Que belo e responsável grupo,
De branco, sem pranto, nem espanto,
Rezam cantam e juntam
Quem chega ao lugar de doces frutos.
A brisa leve, o balanço das flores,
Pessoas mansas, crianças, velhos,
O latido de cachorros, urro de ursos
Se misturando em muitos odores.
Ninguém se fere, nem gente nem animal,
Nem uns aos outros afinal,
O ambiente é limpo, verde, vermelho, amarelo...,
E é mesmo angelical.
Festejei, cantei, rezei e aprendi.
Nossa! Não sabia que era assim,
Agora eu sei,
Que enfim morri.
Em alguns lugares deve ser assim. Outros o horror deve prevalecer.