Passagem
Ó morte onde está teu aguilhão?
Final do destino traçado.
Das batidas do coração
e dos pecados cobiçados.
Ó morte quão afável serás.
No mundo as portas fechadas.
Meu corpo perecerá.
Adeus lindas madrugadas.
Quando tudo é arrebatado
o mal paira no nevoeiro.
Com meu corpo confinado
sentirei dor no espinheiro.
Mim’alma aflita espera
em sonhos que virão.
Quando sairei desta esfera
com as partituras no coração.
Canto minha vida e o sonhar.
Para os céus eu contarei.
Pedindo um feliz despertar
quando daqui me despedirei.