BARCA DA VIDA

A certeza que se tem,
Quando ao mundo se vem
E se acaba de nascer,
É que se nasce morrendo
Mesmo ainda que crescendo
Num eterno renascer.

Seja lá quem for que seja,
Não existe quem preveja
Seu destino, sua sorte
E não há nenhum vidente
Por mais clarividente
Que saiba o dia da morte.

Não, não existe avatar,
Que bem possa avaliar,
O dia deste acontecimento.
Não há oráculo ou pitonisa,
Nem há profeta ou profetisa
Que acerte este momento.

No barco da vida, embarcamos,
Ao nascer e nos tornamos,
Marinheiros neste mar. . .
Isolados num veleiro,
Com um destino certeiro
De um porto encontrar. . .

Mas neste mar tão profundo,
Galgando as águas do mundo,
Qual direção procurar?
Será que este vento forte,
Vai nos levar para o norte
Ou nosso barco afundar?

O destino existe e com certeza,
Nos levará com firmeza,
Nos vendavais da vida,
Mas é o bom timoneiro
Quem dirige seu veleiro
Pra uma baía protegida . . .

Rumos, rotas e trajetos,
Você modifica os projetos
Com o poder da opção. . .
E o destino e sua sina,
É traçado em linha fina
Na palma da sua mão!

Saiba, porém, companheiro,
Que dentro deste veleiro,
Existe um outro navegante
E mesmo que você não O veja,
É Ele quem o barco veleja
E tem na mão o sextante.

Assim, se estiver à deriva,
Tenha sempre a voz ativa
E peça que Ele o ajudará.
Então, Ele e seu sextante,
Bom marinheiro e navegante
Ao porto seguro o levará!