BORBOLETAS
Num domingo, eu me lembro,
Era tarde de setembro,
Em um parque municipal.
As borboletas voavam
E suas cores mostravam
Em desfile monumental.
O casulo pendurado,
Pelo vento balançado,
Escondendo uma vida
Que mesmo não revelada,
Era enfim esperada
Para poder ser cumprida.
Um leigo da natureza
Apanhou com gentileza
O casulo pendurado
E colocou-o na frente,
De forma conveniente
Para ser observado...
O casulo contorcia,
Do interior nascia...
Mistério da natureza!
Movimentos alternados
Em minutos não contados,
Eram longos, com certeza...
Rompeu-se um buraquinho
E um corpo bem fininho,
Lá de dentro aparecia...
Uma pontinha gosmenta,
Mexia de forma lenta...
Nova vida que nascia!
A metamorfose segue,
Não existe quem a negue,
Mas bem lenta e devagar...
No curso da natureza,
Continua com firmeza
Seu ritmo, sem alterar...
Com as asas enroladas,
Bem justas e apertadas,
Para no buraco passar,
Mas o leigo, prestativo,
Procurando ser ativo,
Quis ser gentil, ajudar...
Com uma peça cortante,
Ele enfim, foi avante,
Pra borboleta liberar...
Saiu um ser rastejante,
Asas molhadas, colantes
E que não podia voar.
Ao passar a borboleta,
Em apertada roleta,
O fluido é transferido.
Ainda mesmo sofrendo,
Por um aperto tremendo,
O ser, sai fortalecido.
Conosco também é assim,
Quando um sofrimento tem fim,
As almas amadurecem...
Podemos voar mais alto,
Sem susto, sem sobressalto,
Nossas asas enrijecem!
Num domingo, eu me lembro,
Era tarde de setembro,
Em um parque municipal.
As borboletas voavam
E suas cores mostravam
Em desfile monumental.
O casulo pendurado,
Pelo vento balançado,
Escondendo uma vida
Que mesmo não revelada,
Era enfim esperada
Para poder ser cumprida.
Um leigo da natureza
Apanhou com gentileza
O casulo pendurado
E colocou-o na frente,
De forma conveniente
Para ser observado...
O casulo contorcia,
Do interior nascia...
Mistério da natureza!
Movimentos alternados
Em minutos não contados,
Eram longos, com certeza...
Rompeu-se um buraquinho
E um corpo bem fininho,
Lá de dentro aparecia...
Uma pontinha gosmenta,
Mexia de forma lenta...
Nova vida que nascia!
A metamorfose segue,
Não existe quem a negue,
Mas bem lenta e devagar...
No curso da natureza,
Continua com firmeza
Seu ritmo, sem alterar...
Com as asas enroladas,
Bem justas e apertadas,
Para no buraco passar,
Mas o leigo, prestativo,
Procurando ser ativo,
Quis ser gentil, ajudar...
Com uma peça cortante,
Ele enfim, foi avante,
Pra borboleta liberar...
Saiu um ser rastejante,
Asas molhadas, colantes
E que não podia voar.
Ao passar a borboleta,
Em apertada roleta,
O fluido é transferido.
Ainda mesmo sofrendo,
Por um aperto tremendo,
O ser, sai fortalecido.
Conosco também é assim,
Quando um sofrimento tem fim,
As almas amadurecem...
Podemos voar mais alto,
Sem susto, sem sobressalto,
Nossas asas enrijecem!