NO MUNDO ESPIRITUAL
Precisava saber de umas coisas,
Mas pensava, perguntar a quem,
E entre um sono e outro,
Eu acordei no além.
Estava eu andando
Em um mundo sem igual,
As pessoas eram fluídicas,
Transparentes ou coisa igual.
O vento era diferente,
Como que uma musica de louvor,
Soprando nos ouvidos
O despertar do amor.
Enquanto eu andava,
Pessoas me olhavam com risos,
E uma disse, é visitante.
Olha o cordão fluídico.
Foi quando fui perceber
Que da minha nuca brotava,
Um cordão também fluídico,
Meio que cor de prata.
Uma senhora me chamou
Com seu semblante sorrindo.
Disse como está meu querido.
A nossa colônia seja bem vindo.
Perguntei por que só eu tinha
Aquele cordão cor de prata,
Já que as outras pessoas
Na nuca não tinha nada.
Ela disse meu querido,
Andas como que perdido,
Esse cordão cor de prata
Diz que vós ainda sois vivo.
Vivo segundo a carne,
Pois que a vida é eterna.
Horas no plano espiritual,
Horas no plano da terra.
Quando se esta na terra
Corpo e espirito são um todo,
Mas é esse cordão fluídico,
Que une o espírito e corpo.
Eu fiquei meio que sem noção,
Achando que estava sonhando.
Ela com sorriso largo
Continuava falando.
Quando esse é rompido
Não é de todo o mal,
Pois como espectro voltamos
Ao mundo espiritual.
O corpo é o invólucro,
Ferramenta de trabalho na terra.
Nele o espirito nasce e renasce,
Ate que se limpe das trevas.
É assim que evoluímos
Ate que tenha paz na terra.
Quem evolui no amor quer paz,
Quem não evolui vive em guerra.
Mas o retardatário no amor
Terá por fim a salvação.
Pois só vivendo na carne
Aprenderão a lição.
Pois que Deus nos disse,
E esta escrito na bíblia,
“Não quero a morte do ímpio,
E sim que ele se converta e viva”.
No entanto cabe a nos
Aliviar nosso sofrimento,
Pois conhecemos Jesus,
É só seguir seus mandamentos.
Se todos soubessem
Sofreriam com resignação,
Amariam seus sofrimentos
Instrumento de depuração.
Diante de tanta informação
Quis eu tirar uma duvida.
Perguntei se a salvação da alma,
Só a tem quem seu mal expurga?
Ela disse, disto não resta duvidas.
E esse é trabalho constante.
Quem vive na crosta terrestre,
Dessa meta ainda tá distante.
Pois quem vive na carne
Carrega o gérmen do egoísmo.
Que logo é percebido
Por quem conhece o espiritismo.
Pois que lamenta e chora
Na morte do ente querido,
Sem saber que no outro plano
Tantos o esperam com risos.
Um homem carcerado há 30 anos;
É justo que ele venha a se libertar.
É certo ele continuar preso
Sem ter mais nada a pagar?
Assim é a morte na terra,
“Lugar de provas e expiação”
Ao se libertar do corpo,
O espirito volta a pátria mãe.
Mas Deus, o nosso pai amado,
Tão generoso que é,
Disse que a salvação
Ele dá a quem lhe prover.
Porque Deus é onisciênte,
Para nosso contentamento,
Sabe que somos crianças
No caminho do conhecimento.
No entanto quem pratica o bem
Poli a sua própria alma.
Brilha aos solhos de Deus
E ele o conforta e ampara.
Na terra poucos são inocentes,
Pois carregam o discernimento,
Mas preferem seguir no erro
A acumular sofrimentos.
Mas jesus nosso redentor
Que conhece as fraquezas da carne,
Ergue-nos para uma nova vida
Dando-nos nova oportunidade.
E assim vida a vida,
Têm-se novos critérios,
Na posse da matéria mais densa,
Vivemos nossos próprios flagelos.
Tudo que sabemos do amor
É em Deus um único risco.
O puro sentimento do amor
Não chega aos nossos sentidos.
Irmão querido guarde em mente,
Pois sua partida é chegada.
O pão alimenta a carne
Em cada nova jornada.
Mas foi cristo, nosso redentor
Que por nos se sacrificou.
Para que fossemos salvos
Nos alimentou de amor.
Já a um bom tempo
A época dos bárbaros passou
Avise nossos irmãos encarnados
Que pratiquem e vivam o amor.