A PASTINHA DO DESTINO

E agora por onde começo
Então arremesso
Uns fiapos de saudade
De tudo que foi e não voltou
E pouca coisa sobrou
Porque o tempo agiu sem piedade

Mansamente foi levando
E pouco ou nada sobrando
Diminuindo as porções
Até que não sobre nada
Só noite enluarada
E acordes de canções

Embora eu já seja um trapo
Represento um fiapo
Para contar o que era
Porque depois que eu me for
Virarei uma flor
Em cima da terra

Todos surgiram do nada
Peregrinando na estrada
Sem nunca perder o tino
E nem mesmo o próprio passo
Levando de baixo do braço
A pastinha do seu destino

Porem fica a semente
Em baixo do sol nascente
Sobre a terra da saudade
E a mim só reste lembrança
Pra que germine esperança
Na lavoura da humanidade.


Escrito as 07:55 hrs., de 18/02/2011 por

Vainer de AVILA
Enviado por Vainer de AVILA em 18/02/2011
Código do texto: T2799234