Plantio e colheita
Eu não me pergunto
se mereço o que passo,
pois se colho o que planto
é que plantei no passado.
Ventania e amargura,
chuva forte e voraz.
Esse caminho de vento
é vento vindo de trás.
Tudo que sinto no peito.
Toda tristeza que há.
São marcas de um ser imperfeito
que trago vindas de lá.
Então o que tenho a fazer?
Trabalhar e ficar na espreita,
plantar frutos novos de paz
e esperar uma nova colheita.