SÓCRATES
(corrigido)
Nas sombrias masmorras da Grécia antiga,
Condenado, o filósofo aguara a morte.
Rompe do silêncio o brado de voz amiga:
- Foges oh Sócrates...a porta aberta, é a sorte...
Velho discípulo querido, tanto instiga,
Imaginando lhe dar uma chance, um norte.
Mas o grande gênio não importa e diz – “Siga
os meus paços sem aumento e sem corte”
- "Ninguém pode matar, ao fazerem a lida,
Entregar-lhes-ei somente a matéria bruta,
Um pedaço de toda a minha eterna vida”...
- "Continuo na imensidão árdua luta,
Pela imortalidade que me é concedida,
O espírito continua sempre a labuta”...
Goiânia, 29 de JANEIRO de 2011.